As artes e os incentivos fiscais

Acompanho, mesmo que um pouco distante, as discussões sobre a Lei Rouanet e seus problemas. Não preciso dizer a importância que essa lei teve para toda a arte e cultura nacional. Porém, tenho que concordar que existem falhas, que na época da lei podem ter passado despercebidas e que hoje ofuscam o trabalho de muita gente boa por aí. Acabou que ficou na mão das empresas decidirem qual será o investimento público em cultura. Não soa estranha essa idéia?

Para refletir mais sobre esse assunto, que merece a reflexão de todos nós, sugiro dois links, que coloco abaixo. O primeiro é um poema-panfleto de Rui Xavier, autor da peça “ABO – a travessia de Ilana”, em cartaz no Teatro X, com a Excessiva Cia de Teatro. O texto do Rui, que refere-se principalmente à realidade da classe teatral não privilegiada pelas empresas com seus incentivos públicos, aparece como um grito sincero de artistas sufocados.

O segundo link, é o primeiro bloco do programa Bola e Arte dessa semana. O programa é feito pelo CarlosCarlos, de quem já falei outras vezes aqui no blog. Ele conversa com o Wilq Vicente, da Fabicine – Fantástica Fábrica de Cinema, sobre a realidade da maioria do audiovisual brasileiro, não daquela minoria que consegue fazer cinema com grandes incentivos fiscais no nosso país, como é o caso da Bruna Surfistinha.

Link 1: http://nucleo1408.blogspot.com/2008/06/poema-panfleto-do-ncleo-1408.html
Link 2: http://fiztv.abril.com.br/tv/?areaAtualId=2&videoId=13094

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